O aumento da competitividade entre as empresas brasileiras contribuiu para tornar os horários de seus funcionários menos flexíveis. A conclusão é de Javier Martinez, diretor de marketing da consultoria Grant Thornton para a América Latina, com base em uma pesquisa realizada em 7,7 mil companhias de médio porte em 39 países.
Segundo o levantamento, 63% das empresas brasileiras oferecem hoje algum tipo de flexibilidade para seus colaboradores. Em 2008, esse número era de 83%. Isso fez com que o Brasil caísse da 4ª para a 23ª posição no ranking dos países com organizações que mais usam essa prática.
O diretor afirma que essa não é uma tendência positiva e defende, inclusive, a possibilidade de deixar o funcionário trabalhar em casa, como acontece nos Estados Unidos, 10º colocado na classificação de 2011. "As companhias precisam perceber que a flexibilidade é importante para melhorar o rendimento do funcionário. Além disso, é preciso haver equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional do trabalhador", diz. Na opinião dele, a flexibilidade ajuda na retenção de talentos, aumenta a produtividade e os índices de engajamento dos colaboradores.
As empresas que adotam essa prática costumam perceber resultados positivos. Na área administrativa da Johnson & Johnson, por exemplo, onde trabalham 750 pessoas, há uma política, implementada em 2008, que define uma mobilidade de duas horas por dia. Assim, o funcionário pode entrar ou sair duas horas antes ou depois do expediente.
A diretora de recursos humanos Sônia Marques explica que isso já entrou na rotina da companhia e ajuda até na hora de o funcionário lidar com o trânsito. "O estresse diminui e a pessoa gerencia seu tempo de maneira mais eficiente", diz.
Outro benefício que existe há quatro anos e faz bastante sucesso entre os funcionários é o "short fridays", que libera os colaboradores nas tardes de sexta-feira durante um verão prolongado - entre outubro e março. Há ainda a possibilidade de trabalhar de casa, que depende da negociação direta do funcionário com cada gestor.
A empresa de software Totvs também usa a mobilidade de duas horas, além de um sistema de banco de horas. O diretor de recursos humanos Alexandre Mafra, que administra seis mil empregados, afirma que a ferramenta existe há pelo menos 13 anos. "A relação com o colaborador se torna mais madura", avalia. A Totvs também tem intenção de adotar o "home office".
O sistema é mais comum em companhias pequenas como a Futuware Multimedia, do segmento de tecnologia, que possui apenas dez colaboradores, além de alguns "freelancers". "Trabalhamos com metas e projetos. Não importa onde a pessoa está sentada, o importante é cumprir o prazo", explica o sócio-diretor Renato Filipov.
Ele admite, contudo, que o crescimento recente da empresa pode mudar a relação com os funcionários. "A intenção é continuar oferecendo liberdade para trabalhar no local e horário que quiser. Com o aumento da demanda, porém, talvez seja preciso contratar gestores para acompanhar grupos pequenos e gerenciar projetos específicos", afirma.
Segundo o levantamento, 63% das empresas brasileiras oferecem hoje algum tipo de flexibilidade para seus colaboradores. Em 2008, esse número era de 83%. Isso fez com que o Brasil caísse da 4ª para a 23ª posição no ranking dos países com organizações que mais usam essa prática.
O diretor afirma que essa não é uma tendência positiva e defende, inclusive, a possibilidade de deixar o funcionário trabalhar em casa, como acontece nos Estados Unidos, 10º colocado na classificação de 2011. "As companhias precisam perceber que a flexibilidade é importante para melhorar o rendimento do funcionário. Além disso, é preciso haver equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional do trabalhador", diz. Na opinião dele, a flexibilidade ajuda na retenção de talentos, aumenta a produtividade e os índices de engajamento dos colaboradores.
As empresas que adotam essa prática costumam perceber resultados positivos. Na área administrativa da Johnson & Johnson, por exemplo, onde trabalham 750 pessoas, há uma política, implementada em 2008, que define uma mobilidade de duas horas por dia. Assim, o funcionário pode entrar ou sair duas horas antes ou depois do expediente.
A diretora de recursos humanos Sônia Marques explica que isso já entrou na rotina da companhia e ajuda até na hora de o funcionário lidar com o trânsito. "O estresse diminui e a pessoa gerencia seu tempo de maneira mais eficiente", diz.
Outro benefício que existe há quatro anos e faz bastante sucesso entre os funcionários é o "short fridays", que libera os colaboradores nas tardes de sexta-feira durante um verão prolongado - entre outubro e março. Há ainda a possibilidade de trabalhar de casa, que depende da negociação direta do funcionário com cada gestor.
A empresa de software Totvs também usa a mobilidade de duas horas, além de um sistema de banco de horas. O diretor de recursos humanos Alexandre Mafra, que administra seis mil empregados, afirma que a ferramenta existe há pelo menos 13 anos. "A relação com o colaborador se torna mais madura", avalia. A Totvs também tem intenção de adotar o "home office".
O sistema é mais comum em companhias pequenas como a Futuware Multimedia, do segmento de tecnologia, que possui apenas dez colaboradores, além de alguns "freelancers". "Trabalhamos com metas e projetos. Não importa onde a pessoa está sentada, o importante é cumprir o prazo", explica o sócio-diretor Renato Filipov.
Ele admite, contudo, que o crescimento recente da empresa pode mudar a relação com os funcionários. "A intenção é continuar oferecendo liberdade para trabalhar no local e horário que quiser. Com o aumento da demanda, porém, talvez seja preciso contratar gestores para acompanhar grupos pequenos e gerenciar projetos específicos", afirma.
(Texto produzido pela aluna Letícia Arcoverde do Curso de Jornalismo do Valor Econômico em 22/06/2011)
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