No Nordeste brasileiro, três experiências ajudam a população
rural a enfrentar o quinto ano de seca
Em 2030, quase metade da população global viverá em estresse
hídrico – situação em que a demanda por água supera a oferta – se não forem
mudados os atuais níveis de poluição e consumo. O dado, apresentado neste ano
pelo Painel Internacional de Recursos (IRP) do Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente (PNUMA), dá o alerta para que cada vez mais a humanidade
encontre formas inteligentes e econômicas de uso.
Enquanto isso, no Ceará, que vive o quinto ano consecutivo
de seca, três experiências têm ajudado os moradores do campo a encarar melhor o
período e podem se tornar um modelo para o planeta. Uma delas é o gerenciamento
coletivo dos sistemas de abastecimento de água, em um esquema que hoje atende a
531 mil pessoas em 1.344 comunidades rurais.
Outra, a adoção de um sistema de informações sobre
saneamento, usado em mais oito países da América Latina. Finalmente, um projeto
piloto levou a 15 famílias uma tecnologia de reutilização da água usada no
banho e na cozinha. O plano é alcançar mais 70.
Uma das agricultoras beneficiadas por essas iniciativas,
Niédia Barbosa, da comunidade de Cristais, lembra do tempo em que convivia ao
mesmo tempo com a pouca disponibilidade de recursos hídricos e com a lama que
se formava em seu terreno, resultado da falta de saneamento. “Com a tecnologia
de reúso, acabou-se o problema e temos água tratada para cultivar vegetais sem
agrotóxicos”, conta.
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