sexta-feira, 17 de junho de 2011

Aos pais - Como elevar a auto-estima do seu filho

Criai os filhos na disciplina e na admoestação do Senhor (Efésios 6:4)

Todos os pais devem esforçar-se para elevar a auto-estima dos filhos. Quando uma criança tem boa auto-estima, significa que ela possui um senso forte de valor e de prestígio a respeito de si mesma. Esse sentimento lhe garante crescer sem complexo de inferioridade. O preço que ela dirá ter e a percepção de valor que seus amigos, parentes e as pessoas de um modo geral enxergarão nela é determinado pelo rótulo que os pais imprimirem na criança durante os primeiros anos de vida. Os pais são, por isso, os responsáveis pela etiqueta de valor que terão seus os filhos.

Não podemos esperar que o mundo faça isso. O mundo tornou-se muito competitivo e exigente, basta que nossos filhos não atinjam a média na escola ou errem frente a seus parentes ou se estranhem com outras crianças nos parques recreativos, para que várias palavras negativas sejam dirigidas sem misericórdia a eles, abalando, assim, sua base de sustentação e quebrando o termômetro que os mede como alguém importante – sua auto–estima.

Nosso lar, como um jardim e nossos filhos, como a cultura, precisam ser regados e devidamente adubados para crescerem fortes. Se somos esses que irão produzir filhos fortes, confiantes e bem consigo mesmos, não podemos deixar passar as oportunidades que nosso próprio lar proporciona. O lar pode se transformar em um viveiro produtor de filhos que gostam de si mesmos. Cultivar esse sentimento é fundamental para uma criança.

Quando permitimos que nossos filhos ajudem em casa varrendo o chão, enxugando a louça, atendendo o telefone, arrumando a própria cama, colocando os sapatos no lugar próprio, escovando os próprios dentes e fazendo uma infinidade de pequenas coisas que temos a nosso dispor, sem dúvida, eles crescerão sentindo-se mais importantes e com uma saudável percepção de valor. Essa é a forma de transformar uma plantinha em uma grande árvore.

É certo que muitos desses serviços não sairão bem feitos, já que a vontade de ajudar da criança nem sempre corresponde com a maturidade que tem: estatura, coordenação motora, capacidade de discernir prioridades, etc. esse é o grande motivo de os pais rejeitarem a ajuda que os filhos pretendem e gostam de dar. O que os pais geralmente não percebem é que quando o serviço de uma criança é rejeitado, ela também sente-se rejeitada. Esse sentimento de rejeição é muito ruim para se conviver com ele. Um pai com visão nunca olha para o resultado do serviço que o filho presta, mas para o resultado que ocorre na pessoa dele. E não há melhor resultado do que este: ser estimado como alguém de grande valor.

Os filhos que crescem em um lar onde os pais agem como meros gerentes, sempre exigindo e esperando a melhor performance deles, correm o sério risco de tornarem-se filhos tímidos e inseguros. Talvez preferirão, por medo de errar, não se aventurar em desempenhar as tarefas que lhe cabem ou não terão a iniciativa de criar algumas outras. Que lástima! Quando nossas crianças são privadas desse senso de valor, não temerão no futuro, gastar sua vida com o mundo, andar com o carro em alta velocidade, usar drogas, pois não aprenderam a gostar de si mesmas.

Por outro lado, se tivermos pais com as características de um bom jardineiro, que lança a semente, rega, aduba e que tem a paciência de esperar décadas, se for necessário, para ver os resultados, esses produzirão filhos positivamente destemidos, ousados e com mais capacidade de influenciar o grupo com que se relacionam do que de serem influenciados por ele.

A vida de nossos filhos é preciosa demais para não ser usada por Aquele que sabe valorizar o homem – Deus. O preço que Ele pagou por nossos filhos foi suficiente para que eles se sintam os mais especiais do mundo.

Por isso, permitamos que nossos filhos ajudem em casa, tenhamos paciência, gastemos tempo com eles, ajamos como bons jardineiros e digamos-lhes, por favor, que eles são preciosos para Deus.

JAV

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