quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Câncer de mama cresceu 45% nos últimos dez anos no Brasil


A socióloga Leoni Margarida Simm conta sua experiência com a doença e como funciona o seu trabalho como presidente da Associação Brasileira dos Portadores de Câncer.




Vinte milhões de pessoas vivem na região metropolitana da Cidade do México, a oitava metrópole mais rica do mundo, com um PIB de US$ 315 bilhões - que deve duplicar até 2020.

O bom momento do país se reflete nos cuidados com a saúde, e entre as prioridades do governo está o combate ao câncer de mama. O Seguro Popular, criado em 2007, cobre o tratamento por cinco anos. “A adesão ao tratamento é de mais de 98%, porque o governo garante os recursos para quimioterapia, cirurgia, radioterapia. Antes, a paciente, tinha que arcar com esses custos e a porcentagem de abandono do tratamento variava entre 20 e 40%. Nós temos cinco anos com consultas constantes para avaliar a evolução da doença. Depois disso, o Seguro Popular chega ao fim, mas as consultas são mais espaçadas, são uma vez ao ano”, explica a oncologista mexicana Patricia Villareal Colin.

Durante o encontro da União Latino-Americana Contra o Câncer da Mulher, realizado na cidade, a presidente da Associação Brasileira dos Portadores de Câncer, Leoni Margarida Simm, declarou que os casos de câncer de mama no Brasil cresceram 45% nos últimos dez anos. Uma década decisiva em sua vida, já que em 2001 foi diagnosticada com a doença. “Em um ano ele se tornou avançado porque teve uma metástase. Era uma sentença de morte na maioria dos casos. Não agora. Mas em 2001 não havia ainda o medicamento biológico”, diz Leoni.

Para lidar com a doença, além do tratamento Leoni decidiu se associar a outras mulheres e fundar a associação. “Foi justamente para conseguir controlar o câncer através de todas as etapas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde e, principalmente, diminuir o impacto da doença nas pessoas, desfazendo mitos, estigmas. E isso me deu paz, mais serenidade para encarar o medo. Nós não estamos lá chorando carecas. Estamos lá com projetos. Damos boas risadas e a gente vai em frente”, diz.

Por ano, 12 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de mama. Em apenas 20% dos casos a doença é identificada nos dois primeiros estágios, o que possibilita a chance de 95% de cura. No Brasil, o Ministério da Saúde indica que a mamografia deve ser feita entre 50 e 69 anos. No México, essa faixa baixou para 40.

Fatores de risco do câncer de mama:

- Idade superior a 50 anos;
- Histórico familiar;
- Ciclo menstrual: primeira menstruação antes dos 12 anos. Ou menopausa depois dos 55;
- Gravidez: mulheres que não tiveram filhos ou que só deram a luz depois dos 30;
- Consumo de álcool;
- Tabagismo;
- Sedentarismo;
- Dieta rica em gordura;
- Obesidade.

Globo News

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