RIO - Eu queria que meu filho estudasse numa escola democrática, em que os alunos pudessem expressar as suas necessidades e em que houvesse professores motivados. Para haver essa motivação, acho que nem é apenas questão de aumentar o salário de quem é professor, mas também de haver professores que acreditem naquilo que eles estão fazendo. Porque acho que a maioria deles não está acreditando mais; apenas alguns ainda têm esse espírito. Nessa escola ideal, o professor tem de acreditar que o trabalho que ele está fazendo ali vai fazer alguma diferença.
Além disso, a escola que eu gostaria para o meu filho precisaria ter mais professores. Porque falta professor na rede pública. Meu filho não tem aula de artes nem de educação física desde o começo deste ano. Podem falar que não são disciplinas importantes, mas, se é para a criança ter uma educação integrada, de qualidade, é importante que ela tenha um ensino completo.
Mas o problema das escolas não é só com professores, é também com outros funcionários, como inspetores. Também não há funcionários comprometidos, muitos são terceirizados, e não se veem como educadores. Num problema como esse que está sendo discutido agora, o bullying, por exemplo, os alunos ficam por conta própria para resolver a situação.
O GLOBO - O sonho de uma mãe.
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